Então disse o SENHOR a Moisés: Por que clamas a mim? Dize aos filhos de Israel que marchem.
Ex 14:15
Em certo lugar vivia uma criança que tinha medo de água. Seus pais não sabiam reverter esta situação, gastaram muito dinheiro com psicólogos, médicos, mas ninguém soube como resolver o caso.
Certo dia, porém o avo da criança teve a idéia de levá-la para a praia junto com seu ursinho preferido.
Quando estavam na praia o velho convidou a criança para entrar no mar, mas ela recusou.
Então calmamente ele pegou o ursinho que ela trazia e colocou-o na areia da praia, onde as ondas pudessem alcançá-lo.
A criança começou a chorar pedindo seu ursinho, o avo, porém olhando no fundo dos seus olhos disse que se ela quisesse teria que ir buscar.
A criança chorava, reclamava e o avo continuava irredutível.
Por fim, quando as ondas já levavam o ursinho, a criança correu para o mar, as ondas levavam o ursinho cada vez mais longe, até que ela conseguiu alcançá-lo. Neste momento a criança percebeu que estava dentro da água, começou a debater-se quase em estado de pânico.
Seu avo tranquilamente pegou em sua mão e mostrou-lhe que a água não alcançava nem nos seus joelhos...
Creio que não é preciso dizer que depois disto a criança não pensava em outra brincadeira que não fosse pular na água.
Cuidado, se for para a praia leve filtro solar, e não faça “xixi” na água.
(risos)
Agora vamos falar sério!
Existem etapas da vida em que iremos passar por desertos, muitas vezes sozinhos, mas mesmo que tivéssemos amigos conosco dificilmente iríamos crer que eles pudessem nos ajudar, afinal eles também estão no deserto!
O deserto por definição é solitário, é longo, mas para mim representa em si um processo de libertação.
O fato é que o deserto termina no mar.
Talvez um dia passemos por uma situação como a relatada na bíblia em Exodo 14 (leia a bíblia),
Um momento daqueles em que perceberemos que fomos libertos da escravidão do pecado, dos vícios, dos traumas, porém iremos pensar que estamos em um deserto, sozinhos.
O cansaço vai bater, o medo vai nos abalar, vamos chorar, reclamar, clamar.
Será um dia em que se nós olharmos para os lados só haverá uma imensidão de areia, sem nenhum Oasis para descansar. Ao olharmos para traz estarão nossos inimigos vindo ferozmente contar nós, nossos traumas, nosso passado, nossas frustrações antigas talvez venham a tona.
Talvez em um ultimo suspiro de esperança iremos clamar:
“Pai, me leve para um oásis. Preciso descansar!”
Não sei vocês queridos(as), mas eu dificilmente consigo entender a lógica de Deus, as vezes penso que o Cara está zoando comigo, pois sempre que peço um Oasis no deserto para descansar, Ele me leva para frente do mar e diz sorridente:
“O Oasis está depois do mar!”
Poxa será que Ele ainda não percebeu que eu estou cansado e não sei nadar?!
“Deus, quem és tu? Porque ages assim?
Como atravessar este oceano?”
Queridos (as) eu não sei, nunca soube ao certo como atravessar o mar, mas se Deus nos levou até o mar, e sabe que não sabemos nadar, sei que algo Ele fará!
Não importam as circunstancias, passe o mar, é depois dele que está o Oasis para você descansar.
Mesmo que o mar não se abra, mesmo que você não ande por sobre a água, mesmo que não voe como águia, mesmo que não surja uma carruagem de fogo para lhe buscar, ou mesmo que você não veja anjos ao seu lado, não temas, siga mar à dentro pois a mão de Deus é contigo!
È hora de acordar e perceber que talvez a única maneira de alcançar o Oasis é passando por aquilo que mais lhe dá medo, deixe Deus lhe mostrar que a água é rasa.
Não desista do Oasis, nunca desista de confiar em Deus.
“Entrega teus caminhos ao Senhor, confia Nele e o mais Ele fará.”
