sexta-feira, 2 de outubro de 2009

A minha primeira vez...

Permanecei em mim, e eu permanecerei em vós; como a vara de si mesma não pode dar fruto, se não permanecer na videira, assim também vós, se não permanecerdes em mim. Jo 15.4 ... já passava das 23h, a casa estava totalmente deserta... aguardava por este momento a muito tempo. Estava deitada na cama quando ele entrou pela porta do meu quarto... Assim que o vi me senti atraída por seus olhos, seu perfume inundava o ambiente, meu corpo tremia, o coração batia acelerado. Mansamente ele se aproximou da cama, sua respiração era forte, seus olhos me fitavam profundamente, como se buscasse gravar em sua memória cada detalhe do meu corpo. Senti calafrios, arrepios se espalhavam por toda a minha pele. Com seus braços tomou-me em seu colo, em um instante me vi mergulhada no seu abraço, podia sentir o calor da sua respiração tocar a minha face. Seu abraço me prendia, tornou-se o lugar mais seguro para se estar. Suas mãos deslizavam delicadamente sobre meu rosto, pelos meus longos cabelos... Mesmo sem ele dizer uma palavra eu ouvia a mais linda poesia. Uma musica doce e suave ressoava pelo ambiente, calmamente a luz, que antes era branca, mudava de cor. Não sei como explicá-la, sei somente que era mais brilhante do que a própria luz do sol. Seus carinhos me envolviam, minha respiração estava descompassada, assim como meu coração. Minha pele respondia a qualquer toque seu, minhas pernas tremiam... Quanto mais sentia seu corpo próximo ao meu, mais as sensações se misturavam. Um misto de medo e euforia, paz e agitação, não há como explicar. Por um momento senti que ele afastou seu rosto do meu, procurando olhar diretamente nos meus olhos, senti uma de suas mãos segurar firmemente em minha cintura, enquanto a outra se perdia em um emaranhado de cabelos. Seus lábios se mexiam, balbuciavam algo que eu não conseguia compreender... Aproximei meus ouvidos da sua boca para ouvir o que ele dizia. Ele segurou firmemente minha cabeça, como que querendo dizer que eu não poderia escapar dali, então disse, sussurradamente, no meu ouvido: Eu te amo! Quase não conseguia mais suportar aquela emoção, minha cabeça parecia girar, suava frio, meu corpo tremia, lagrimas rolavam pelo meu rosto, o coração palpitava... Foi então que num ato só me desvencilhei das minhas vestes, com todo meu corpo a mostra sem pudor algum, me lancei nos braços do meu amado. Por um instante ele me abraçou forte, me transmitiu segurança, assim me entreguei por completo... Antes mesmo que eu esboçasse alguma reação o que antes eram dois corpos tornaram-se unicamente um. Calma, este ainda continua sendo um blog cristão! Antes de continuarmos, imaginem um pastor lendo este texto em um púlpito... Difícil não é mesmo? Por que será que é tão difícil de aceitar que alguém ouse escrever um texto destes e depois venha dizer que isto tem, e tem muito, a ver com nossa relação com Cristo? Talvez por dois motivos: 1° Nos falta mais pureza para não deixar nossa mente livre para viajar além do que deveria, e usar o pequeno texto como pretexto. 2° Por que nos falta intimidade com Jesus... Agora lasco de vez... me tornei um herege... vou até ser denunciado no Genizah... Mas mesmo assim continuo afirmando que, se não aceitamos este texto, é porque não temos intimidade com Cristo. Se nos aproximássemos mais de Jesus veríamos no texto a simples representação dos nossos momentos diários com Ele... Também aceitaríamos ouvir alguém dizer que Jesus adora nos ver totalmente nu... Sim! É isto mesmo... Totalmente peladões! Sem camisas de hipocrisia, sem calças de luxo, sem vestido de pseudo-santidade, sem sutiã de caridade fútil, sem cuecas de honras, sem capas de religiosidade... Coisas que somente escondem o nosso verdadeiro eu! Entenda: Jesus quer realmente nos envolver nos seus braços, quer observar cada detalhe da nossa vida... Quer transmitir a sua paz, a segurança do seu colo... Quer na noite mais escura sussurrar no nosso ouvido : Eu te amo! Sejamos “sem vergonha” e vamos aceitar que Jesus tem que nos ver peladões! Por um momento deixe seu pudor de lado, arranque suas vestes na presença do Amado, deixe-o envolver no seu abraço... Cante como diz certa canção; “Abraça-me... abraça-me com seus braços de amor....” Mostre seus defeitos, deixe Jesus ver as celulites que você tanto esconde do resto do mundo. Nós não somos perfeitos, mas perfeitamente amados por Jesus. Se jogue no colo d’Ele. Deixe-o segurar firmemente, ouça as batidas do coração, daquele que venceu a morte por te amar, ecoarem no seu ouvido. Ouça o dizendo: Eu te amo! Entregue-se completamente ao amor puro de Jesus. Este é o segredo para se estar firme: “O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não se vangloria, não se ensoberbece, não se porta inconvenientemente, não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não suspeita mal; não se regozija com a injustiça, mas se regozija com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor jamais acaba; “1Co 13.4-8a Deixe o Amado estar dentro de você, dentro do seu coração. Ele deseja isto tanto, ou até mais, do que você. Mas agora deixe me ir... não quero atrapalhar o momento de vocês... E como ninguém é de ferro, tenho que mais uma vez ficar peladão na presença do meu Amado. Experimente!

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